DESCULPE-ME O POETA

DESCULPE-ME O POETA

Prefiro a vida do romance que machuca,

à ficção da poesia que conforta.

Prefiro o romantismo e suas marcas profundas,

às farsas e seus afagos poéticos.

Prefiro a verdade poética do romântico,

à ilusão romântica do poeta.

Prefiro o segundo do romance sem tempo,

à eternidade da poesia sem fim.

Prefiro o cinza do romance imperfeito,

à cor da poesia sem defeito.

Prefiro a triste lembrança do romance,

à feliz imaginação da poesia.

Prefiro o calor de um abraço mudo,

à palavras em folhas frias!

Obs: Publicado originalmente em 19/09/2013.