Talvez

Eu digo sim, e vivo o fim.

Eu digo o não, e vivo o chão.

Não digo sim, nem digo não e,

No talvez, vivo a opção.

Tudo é vazio, com vaguidão.

Possibilidades de criação.

Assim, seguindo a vida...

Sem sim, nem não e

No talvez vivo a opção.

Se no talvez vivo a opção

Assim, estou eu...

Sem permanência no coração e

A contingência é a única razão

De como criança, seguir vivendo

Para buscar equilibração (ou não!).

“Meu coração vagabundo quer guardar o mundo em mim”

(Caetano Veloso)

Francisca de Assis Rocha Alves
Enviado por Francisca de Assis Rocha Alves em 06/06/2016
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