A NOSSA POESIA

Óhhh céus imensos

de estrelas sem fim;

digam-me, por favor,

Vós que tudo vês:

O que será de mim

sem o meu amor...?

Acaso serão meus dias

solidão de mar bravio,

onde naufragam navios

e poemas desiludidos?

Serei odre seco e vazio,

desalento das águas

escuras dos rios;

Na loucura do amor

perdido?

Diga-me universo:

_ O que serão dos meus

versos? Questionamentos

desconexos,

Palavras em melancolia?

Tudo tão complexo!

Ai de mim, grande universo.

Triste a minha poesia.

Mas se nem mesmo

para os meus dias,

houver alento,

partirei nas asas do vento,

pousarei nos cata-ventos,

cantarei meu canto triste,

porquanto a vida

ainda existe!

...E mesmo que na tristeza,

este imenso sentimento

há de ter em mim beleza!

Nos cânticos madrigais,

Nas mariposas nos quintais

No amor que perpetua

a poesia, doce e nua,

nossa, sempre, a cada dia.

Elisa Flor
Enviado por Elisa Flor em 26/07/2016
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