PERDIDO
Não sei aonde piso,
Aonde vivo, onde convivo.
Não sei se é prestigio,
Se é preciso ou se é pelágio...
Viver sem perceber,
Por conviver, sem me querer
Olhar por desviar e não saber
O que fazer...
Para encontrar,
O meu lugar, sem me julgar;
Por não agir em lhe agradar,
Por não ceder ao teu olhar...
Não inocente,
De uma serpente, mais iludente,
Que esconde o bote, conveniente,
E lhe transforma conivente...
Por acaso,
Por interesse ou descaso,
Não importa o caso,
Quebrarás teu vaso...
Da verdade,
Para viver em igualdade.
Das grades da perversidade,
De onde perderá a liberdade...
De voar,
De sofrer e chorar,
De sorrir e se alegrar,
De simplesmente amar.