Limite

O que é preso na correnteza

Tem uma função impulsora,

Uma libertação em movimento

Não desprende

Incomoda feito um sol

Que alimenta queimando o vento.

O que é silêncio na estranheza

Engole os dias

Como um demônio balançando o berço,

Observando com o sossego

De um algoz sem pressa.

A luz do dia desaparecendo lenta

Enfiando o breu da noite goela abaixo,

Enforcando a alegria com o próprio fio da esperança.

O que é livre mas condicionado

Vai tropeçando ao encontro do abismo

Criando asas, mas que ironia

Se encolhendo com pavor do espaço.

Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 04/02/2018
Código do texto: T6244801
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