MORTE DE UM PÁSSARO NO CREPÚSCULO (Republicação)

De tarde

Um pássaro que alto voava

Tirou-me do que pensava

E me fez pensar

No sol que se encobria

Nesta tarde que findava

Apreciei

Aquele pássaro voar

Que talvez ia descansar

Pois sua rotina

Muito enfadonha, creio

Era voar e cantar

Ao longe

O sol grande e bonito

Uma bola de fogo no infinito

Brilhava ainda

Com seus raios fracos

Lembrando um grande mito

Um tiro

No céu vermelho ressoou

O chão um corpo aparou

Era um corpo pequeno

Daquele pássaro

Que ao crepúsculo expirou.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 25/06/2020
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