O mar das minhas mágoas

O mar das minhas mágoas

Já não chama p'lo meu nome

Mas nos meus olhos profundos

Passa um vento que consome

Todas as mágoas do mundo.

Porque eu amo a poesia!

Amo a rosa que nasceu

Entre a noite e a madrugada

Que em seguida floresceu

Mas ficou abandonada ...

E hei-de amar o amanhã

No cantar dos seus regatos

Hei-de amar a multidão

Levar o Fado nos meus braços

Com amor no coração.

Os meus olhos não se esquecem

Dos sorrisos que fizeram

Ao chorarem docemente

O destino que me deram

Tantas vezes tristemente.

Amo a dor que já não dói

E os silêncios que ela faz

Amo a luz do meu olhar

A magia que ela traz

Ao ver os dias a passar.