Tudo tão simples em Maria

Quais meus sonhos?! Que sociedade tradicional faço parte? Os princípios que desenho na areia do deserto e nas ruas de minha identidade: periferia?

Entre centenas, um holofote sob minha pessoa caiu. Não busquei fama, não busquei nada além de meus limites.

Do holofote surgiu uma vida e dessa vida me chamaram Deus-Mãe. Preenchida de descobertas fui me revelando a mim mesma, que engraçado e consequente.

Na maternidade descobri o nada definido e social do amor, da gentileza, e de minha fraca insensibilidade.

Defendi com silêncio, com lagrimas, com pedidos, defendi tantas emoções e razões que até de mim esqueci.

O quanto de Deus esta impregnado em mim: mulher, negra, mulata, índia, cabocla, criança, garota, moça, idosa.

Deus-Mãe, imagem e semelhança de cada irmã que reina e vive, que visita e leva consigo luz e alegria, que leva partilha e confiança, que revela revolta e discriminação, que gera discórdia e fecha o coração, ali, estou eu Deus-Mãe agindo impregnado de Deus.

Eis que o Espírito Santo, a primeira criação cheio de maduros frutos e dons age em ti, mãe!