Sobre a força do mais forte

Noite fria e tenebrosa de inverno,
Chuva bate na janela da senzala;
Vento frio açoitando o espaço interno,
Treme os corpos encolhidos, sem fala.

Lembram do aconchego da mãe distante,
Chora e grita o coração a dor pulsante;
E exausto e sem força o corpo enverga,
Sem permitir, porém, total entrega.

E sem que o sol tenha despontado,
Despertam para um dia fatigante,
Ainda quando o céu todo estrelado,
Esconde toda a linha do hriozonte.