CORAÇÃO CRUEL.

A ouvir os passarinhos

Cantando hinos suaves,

Sentir o luar de pergaminhos

E chorar com o pio das aves.

Se é sentindo a saudade

Do teu amor de verdade

E sentir tanta paixão...

Do teu amor talvez não,

Mas sim da crueldade

Que vive sem piedade

Dentro do teu coração.

Saudade não sei de quê!

Talvez do tempo que passei

A seguir cego teu coração,

E do teu olhar? Do teu olhar não!

E porque é tarde para voltar,

Do amor que de ti esperei

Só me resta a ilusão

Saudade e tormento,

Promessas que levou o vento

Como as folhas de uma rosa,

Quando se vive em sofrimento

Por uma paixão desditosa.

LuVito.