O Panda em fúria

Secretários do diabo escrevem “mel”,

Em todos os potes que têm veneno;

E a Bastiana louca contempla o céu,

Manda prudência errar por aí, ao léu,

nem percebe que está comendo feno...

não consegue diferir ao calor, do frio,

à sensatez, equaciona com maldade;

embala criança que sua ilusão pariu,

e confunde sua própria falta de brio,

com minha carência de sensibilidade...

sou hard ou, soft, conforme a demanda,

mão que afaga sabe quebrar os ossos;

nem me veja como fofura dum Panda,

quando minha paciência larga desanda,

bem sei usar os calibres mais grossos...

nada compro apenas pelo que se pareça,

Ademais, há compromisso com o Eterno;

Se alguém resolve descer, sem mim desça

não uso ternura com quem corta cabeças,

enfim: Não dou mão se rumam ao inferno...

não cole em mim, mal que está em você,

tenha o mínimo de respeito pela verdade;

acabamos de ver esse estratégia vencer,

e agindo assim, você vota também no PT,

que o faça sem mim, se for a sua vontade...

Não há engano que o tempo não vença,

Um dia a luz acaba co’essa senda escura;

Falsa também é a pecha de indiferença,

Nunca duvidei que haja essa sua doença,

Apenas, disse que não quero ser a cura...