Sou um estranho dentro de mim
Trago as mãos vazias embrulhadas de nostalgia
Tenho um coração mudo, amputado pelo amor
Tenho uma alegria cinzenta como um poema por escrever ao fim do dia

O absurdo das coisas acontece em fúteis madrugadas
Faltou a luz para o inicio dos gestos
Esta estrada sem vida engole os meus passos
Dou os braços á noite, prostrado em mil cansaços

Comigo dentro de mim
Deixem-me aqui compondo a solidão
Deixem-me ir para longe da minha distância
Na espera de um barco ou de uma ilusão...

Escrevo para ti...Sabes que é para ti...
Os nomes não têm cor
São simples diagramas em conflito
Os nomes são muda sinfonia de sonata em desamor

Serei um barco vencendo rotas novas
Aplanarei as rugas de todas as montanhas
Vai arder novamente este sofrido coração
Hoje tive vontade de pintar uma oração

Vou dar um nome a um novo voo
Vou plantar um sonho feliz contigo
Vou lançar um papagaio de seda com a palavra amor
Vou fazer nascer das improváveis razões uma singela flor.