('EDUARDA-DUDA')

O olhar abraçava o oceano,

tinha a cor do Mar Negro,

pouco sal a conservava viva.

As "vinhas da ira"

era o seu caminho,

uvas secas, amareladas.

Os gafanhotos devoravam

tudo, insetos sanguinários,

ainda hoje vivem e sobrevivem.

Aquela teia cor de mel,

cobrindo-lhe a fronte,

escondia a beleza postiça.

Perdida nas veredas,

sem vinho, sem colheita,

cambaleava rumo à porteira.

Qual o aventureiro que deixaria

de explorar as sobras,

os espólios da tal vinha?

Pedro Matos

Pedro Simao Rocha Matos
Enviado por Pedro Simao Rocha Matos em 22/05/2015
Código do texto: T5250394
Classificação de conteúdo: seguro