Desencontro

Era uma vez dois seres que se amavam,

quando namoravam era uma felicidade só,

paraíso era realmente quando se encontravam,

vida sempre radiante de felicidade eles a sós.

O caminhar espinhoso se o outro não estivesse,

completamente florido quando juntos caminhavam

parecia que eternamente a alegria se mantivesse,

o céu para eles era aqui na terra quando se amavam.

Os momentos delirantes não podiam acabar,

a infelicidade não estava nos seus semblantes,

era a felicidade que se convidava com eles morar,

queriam permanecer juntos a todo instante.

O amor os iluminava, com eles se via luz deslumbrante,

o mundo era fascinante porque o amor estava aqui,

os dois seres caminhavam felizes tudo era deslumbrante,

todos diziam a felicidade deles é coisa que nunca vi.

Eram um para o outro e naturalmente ambos para Deus,

falando em Deus eles comprometeram em se unir,

precisavam oficializar a comunhão, o propósito teus,

sendo que a vida a cada instante parecia só sorrir.

Já comprometidos, e o tempo iminente passando,

ondas sombrias foi pairando sobre os dois seres,

o desencontro começava a aparecer avassalando,

o grande amor desaparecia mesmo com seus poderes.

Cansados um do outro, faziam aparecer os tormentos,

tormentos fazendo com que as trevas fossem intensas

pra muitos dava pra perceber que o amor estava isento,

e naquelas criaturas a infelicidade só era imensas.

E me perguntaram: e porque poeta escrevestes sete estrofes,

cinco delas deslumbrantes porque falavam da beleza do amor,

duas delas de pleno terror pois falavam do desencontro,

claramente estas duas relatavam tamanho desamor.

Procurei responder que era possível acontecer

que o mal espreita, procurando trazer o desencontro

de dois seres que estavam inebriadas de amor,

o mal trouxe o desencontro trazendo imensa dor.