Amado Desamor.

O álcool não é mais do que um alívio

Um niilismo que fomenta a loucura tranquila

Um piscar de olhos pausados num pensamento

Um escuro que faz pensar.

Se o amor não vem, que venha a loucura

A insensatez que se faz acima da vontade

Busquemos, ainda mais, a nossa ida deste mundo

Esconderijo que me dirige nas ideias meio relapsas.

O tempo que sempre passa em tédio

Passa devagar demais

Precisamos chegar à velocidade da luz em cada aurora

Reluz, pois já se finda a noite e pode ser o último dia.

Cansei de procurar o amor, mas há um em mim

Flores sinto em meu corpo, será Jasmim?

Ainda não acabou o meu tempo para parar de pensar

Essa eloquência que tenta mascarar o que ainda estar por vir.

Sou um poeta que ressurge das cinzas

Que busca, também, uma liquefação na felicidade

Na mais pura e dolorosa realidade

Escondo-me, a cada instante, em mim um doce devir.

Sou um poeta, mas estava dormindo

Esperando pelo nada

Esperando pelo sorriso aparente dos outros

Ô aparência mesquinha.

Deixe-me, agora, pensar

Hora de me inspirar e tomar mais um drink

Meus demônios são sábios

Minha consciência é mais do que ideais ressurgentes.

Archidy de Noronha
Enviado por Archidy de Noronha em 27/05/2016
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