MENTIRA

Tua cútis é flor que não viceja

Teu coração é pedra que não respira

Bem sabes que a falena o pólen deseja

Mas teu fim será tão amargo qual viga sem esbirra...

Manjar de interesses é a Self de tua imagem

Casou-se com o homem que só o dinheiro deflora

Tua virgindade é flora que se desarvora selvagem

Homem que te cobre de diamantes e em instantes rouba tua hora...

Corvina dos diabos

Nada por negrumes rios

Só faz o mal com olhos vidrados

Seu inferno de maldades está sempre no cio...

Noites vazias roupas no varal

Folhas de saudade como letras derramadas

Caem em piruetas na relva do meu quintal

Quais letras no papel almaço fazendo poesia

Se pudéssemos medir saudade este poeta mediria

Alinhavaríamos todas as estrelas do céu e ainda espaço sobraria...

Não sei de onde vem tantas folhas seculares

Mais se árvores em teus ossos tivesses parceria

Saberias que de teus olhos tronculares

Lágrimas nunca caem vazias....

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 22/10/2016
Reeditado em 22/10/2016
Código do texto: T5799402
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