Café e moscas
Quisera poder
Escrever de novo
Encontrar ritmo, motivo, inspiração
Quisera essas inconstâncias
Não me tolhecem o verbo
Quisera uma flor, o riso de criança ou manhãs de verão
Quisera isso bastasse
E não as visse em vão
Mas, ele, o grande vilão
Ele, superestimado
Sempre buscado
Amor
Ele não vem
Nem um pouquinho tem
Sem ele
Poesia não vem
Nem perdas, nem lamentos
Nem saudades
Nenhum alvoroço
Nenhum descompasso
Só a brisa morosa
Café e moscas
Papel a elas