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Tomei tiros da sua boca e os recebi de braços abertos no meu peito enquanto sua raiva estremecia todo o lar onde se habitava o ódio e a raiva que daquela relação brotava e cada vez mais meu ser se enfurecia e minha mente queria se dissolver na destruição de um objeto inanimado e toda a raiva que habitava aquele lugar se transpôs em meio de palavras, copos quebrados, palavras mal feitas pelo homem, e a ali jaz tudo o que no primeiro mês era perfeito e esse foi o óbito de nossos laços e o óbito de uma mulher que pensei conhecer bem, o óbito de um homem que pensei que seria e então as lágrimas tomaram conta de nossos rostos e o alvoroço se foi como uma simples conexão sem portão de desembarque, a tragédia já havia ocorrido e todo o amor morrido e então meus pertences tomei para mim enquanto caminhava em direção à saia do inferno, mas você suplicava para que eu voltasse assim como meu coração queria permanecer, mas por fim ei de mim jamais sofrer e tomei meu rumo assim como você solicitou para se proteger e então fui-me e hoje em outros braços se encontra assim como eu nos braços da vida e que pretendo permanecer, sem ninguém para me atirar novas balas, sem tragédias na estrada, sozinho é um caminho mais livre de qualquer problema, só os que a vida me presenteia.

Matheus Augusto Buarque
Enviado por Matheus Augusto Buarque em 27/01/2017
Reeditado em 26/10/2017
Código do texto: T5894514
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