VENENO DA INDIFERENÇA



A terra revirada em pó, se esvaindo,
Vi através do olho de um furacão;
Todos centrifugados, morrendo sem dó;
Todos os sonhos largados rolando no chão.

Reconheci conhecidos, pela vida ocultos
Querendo sem tempo aguçar a visão
Pois só se apegaram em vida,
Á ofensas e insultos
Sem nunca preocupar-se
Em vida, com os vivos irmãos.

Enfeiaram demais nosso mundo
Terra sem dono, posseiros sem posse
Humanos, sem coração
E sob um olhar bem mais profundo
Sem paz, sem amor, sem comunhão.

Fazemos uma força
Tremendamente absurda
Feito cobras á envenenar
E ferir tanta gente
Uns abnegados teimando,tentando...
Outros quantos insistindo e conseguindo
Fazendo-se de surdos
Espalhando o veneno ao qual
Nutri e mantêm, essa enorme serpente.