MINHA METADE

Entreguei-me,

Como cego pulei nesse abismo chamado paixão!

Pouco me importava

O meu orgulho

A minha razão

O qual fundo seria o fim desse poço

Se nele me sobraria solidão

Ou se me restaria somente destroços.

Mergulho com toda a força do meu ser

Sou assim mesmo,

Entregando minh’alma

Esqueço de viver

Quero viver o novo,

Sonhar a expectativa do amanhã

Vivo a vida de tantas pessoas

Que não me enxergo mais no espelho...

Tanto tentei encontrar

A minha outra parte perfeita!

Ah! quem dera que pudesse existir

Alguém que se encaixasse em mim!

Pois em todas as minhas aventuras

Das paixões, amores e loucuras

Não encontrei ninguém sob medida

E de tudo que aprendi

De toda a minha andança

É que primeiro preciso gostar de mim

E que eu mesmo sou

A minha outra metade da laranja.