A SANGUE FRIO

A sangue frio se mata

E assim também se morre

A culpada não é a carne fraca

Quando no fundo a alma escolhe

Ao passo que perde o brilho

E também vai perdendo a cor

Se o peito já não serve de asilo

E cala-se a voz que tanto falou

Mata devagar e em silêncio

Mata a maneira em que sufoca

Vem a tona as cinzas do incenso

E da centelha o fogo já não brota

E ser o cativo do passado

Refém onde tudo acontece

Em que o furtivo é abstrato

Ante uma realidade silvestre

Heloi Lima
Enviado por Heloi Lima em 05/11/2022
Código do texto: T7643534
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