DESTRUÍDA

Hoje as dores esmurraram a porta,

Tarde da hora,

Enquanto eu me afogava

Em um coquetel de solidão.

Um molotov altamente destrutivo

Que enquanto consumido

Queimou meu coração.

Aquele meu amor, bem aquele,

Se deteriorava nas chamas

Fadado a perecer,

Virando cinzas sem forças ter

Para como uma Fenix renascer.

Hoje as dores arrebentaram a porta

E adentraram minha alma sem eu querer.

E eu, tarde da noite,

Me afoguei em álcool,

Querendo meu sofrimento esconder,

Fracassando com grande sucesso,

Fogo ardendo sob a pele

Sem ninguém poder ver,

Incendiando sem piedade

as lembranças de você.

Hoje as dores me bateram forte,

Sem eu ter como me defender,

Com golpes precisos me noucatearam,

Cambaleei e caí machucada,

Destruída e acuada,

Sem nada poder fazer.

Resquícios de vinho me fizeram entrar em combustão,

E depois de cremado meu coração,

Irei em altas labaredas me desfazer.

Lágrimas e lágrimas estão a escorrer,

Pois por tanto te querer

Novamente de amor estou a morrer.

Srta Cabernet
Enviado por Srta Cabernet em 12/12/2023
Reeditado em 12/12/2023
Código do texto: T7952249
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