Descontentamento II...

No crepúsculo de sonhos desvanecidos,

Reside um descontentamento silente.

No coração, ecos de suspiros perdidos,

Teço versos de uma melodia dissonante.

Em cada passo, sombras de desencanto,

Dança o lamento na trama do viver.

Descontente, o ser vagueia no quebranto,

Entre espinhos, sem promessa de renascer.

Os dias se vestem de um cinza desgosto,

Nuvens que obscurecem a luz da esperança.

Descontentamento, sutil descomposto,

Pinta o quadro da alma em desconfiança.

Que o vento da mudança sopre o desalento,

Transformando o descontento em luz.

Que a poesia da vida, em novo momento,

Cure as feridas, traga paz, e que a alma seduza.

Luciana Jeronimo
Enviado por Luciana Jeronimo em 23/01/2024
Código do texto: T7982962
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