CORES E DORES

Uma lágrima cai dos olhos cor de CARVÃO

Traça um desenho no rosto redondo e ALVO

Chega à boca com um beijo doce ENCARNADO

Desce-lhes os seios redondos BRANDOS

Cai ao solo, só, sol, calado.

A menina sorri AMARELADO

Disse a mim que não foi nada

Mas aqueles olhos PRETOS tal qual o ANOITECER

Não escondem mentiras mais audaciosas

Que não teimem em aparecer

Eu disse envergonhado que saísse da tristeza

Que se da boca dela visse eu um sorriso PRATEADO

Pularia até o céu AZULADO e pegaria uma estrela

Para mostrar que estou apaixonado

Olhou nos meus olhos e disse com a certeza da ilusão

Não sou tua nem serei, deixa de ser bufão

Meu coração de menina já tem quem tem

Por isso dê meia volta

E pare com a preleção

A menina deixou-me só, no solo, calado

Uma lágrima brotou-me no olho ESVERDEADO

Eu tão preocupado com a tristeza dela

Na verdade a moça chorava de alegria

E meu morri de prantos por ela e sem ela

Na eterna melancolia DA COR DOS OLHOS DELA.

Pollyana Bastos
Enviado por Pollyana Bastos em 30/05/2008
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