MARCAS
Tenho pensado muito e resolvi
Que não gosto de escrever
Sobre minhas impressões da vida
Pois o que tenho visto não é exatamente
Aquilo que quero ver
E aquilo que quero ver
Me parece
Cada vez mais distante.
Tem sido como ponderar o imponderável
Analisar o que não pode ser analisado
Tocar o inatingível
Sentir o que não pode
E de repente
O que não deve ser sentido
É como um sentimento vago
Que atinge proporções e profundezas
Inimagináveis
Procurando algo
Que não pode ser encontrado
Pois parece não existir e se existe
Foi tirado da terra dos viventes.
È confuso?
Sei lá
São impressões que não deixam marcas
Ou são marcas que não assimilam nada
E nem indicam qualquer coisa.
22/06/2001