Soneto

Algo morre no meu peito, acidamente,

neste mês que reloze nostalgia,

doloroso, desde o céu que me vigia

com relógio que se estanca lentamente.

Minha sombra de sol-pôr que te deseja,

chega longe, mas nom chega à tua mente;

sinfonia do amargo, intensamente,

na dúvida dum amor que me sobeja.

Sim ou nom, aquele dia levemente,

que me leva por caminhos isolados,

a estações que ao final e fortemente

nos dirijam por vieiros separados,

ou quiçá, com teu sim, alegremente

me una a ti, outra vez, apaixonados.

Setembro 1989

Jomaba
Enviado por Jomaba em 20/08/2008
Código do texto: T1136866