CONFIAR OU NÃO
Eu não sei em quem confiar.
Por mais que me reserve,
Sem perceber solto algo
E esse algo é devassado!
É melhor nada contar,
Nada partilhar, nada confidenciar.
Mas tornar-se um baú é demais para mim!
Não consigo ser assim.
Eu contei de alguém para outro alguém.
E agora confiar em quem?
A pessoa que eu tanto estava perscrutando
Deve estar de mim imaginando
Quão sou vulgar e tão igual
A tantas outras que expressam tanta facilidade
Que não se impõe respeito nem autoridade
De conquistar ou ser conquistada.
Eu sinto muito se algum sentimento
Em relação a ti extrapolou-se de mim.
Eu jamais te falaria mais agora já sei que sabes
Coisas que nem mesmo eu sei se é verdade.
Perdoe a minha inconseqüência
Pensar em te ver ainda sei que é uma incoerência.