Infesto ao temor
Una-se a mim estimada loucura!
Num elo incompreendido e renegado!
Dos que apreciam um poema calado,
Dos que domam a possessão da criatura
Haveremos de ser palhaços do nosso coliseu
Aplaudiremos nosso próprio espasmo,
Apreciaremos nosso próprio orgasmo,
Como o milagre das chagas num ateu
Viveremos da migalha langorosa!
Ao dia nos recolheremos ao presépio branco,
Para escarrar e participar da nociva anedota
_Pois minha amiga: quando a rebeldia não se sobressai,
O endiabrado se nomeia brando,
E toda coragem ameaçada se esvai!