O FIM DA POESIA

Ó musa dos meus sonhos,

Diga agora onde foi que te escondeste.

Teu afago já não posso mais sentir,

Tua voz eu não consigo mais ouvir,

Já não sinto, nem de longe, o teu perfume.

Dos teus olhos já não vejo mais o lume

E os meus versos se tornaram tão tristonhos.

Ó musa dos meus pensamentos,

Que caminhos tu seguiste neste mundo?

Foste embora sem sequer dizer adeus

E a tristeza se instalou nos olhos meus,

Que hoje choram de saudade, amargurados.

Meus poemas são febris, descompassados,

São vulgares, já não têm mais sentimentos.

Ò musa dos meus dias

Por que foi que me deixaste aqui sozinho,

Sem o toque da tua mão pra me guiar,

Sem teu canto mavioso a me encantar

Sem a cor do teu sorriso como enlevo?

As estrofes que, na tua ausência, escrevo

São dementes, são patéticas, vazias.

27/10/2008

Everton Falcão
Enviado por Everton Falcão em 28/10/2008
Código do texto: T1251722
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