A náusea do mundo

Carrego o peso vertiginoso

da memória que não se cansa

namorada morta

domingo de sol e calor,

em mim o imenso limite

das idéias quais moradas tortas

aquele que perdeu sua alma

é o único que feliz comemora,

vida que traz a impossibilidade

e crio, sendo o criador e a criatura

um medo estupendo desses desejados

eu sei agora quantos de mim

morreram comigo,

ó amada eu te peço num sussurro

nem riso nem dor mas um minuto

do silêncio ancestral que refaz a ira

do peso maior que contraria a vida,

a memória que não se cansa.