Prisioneira de Mim Mesma

Sou prisioneira de mim mesma.

Acorrentei minha vida e meu coração,

com elos de pura desilusão.

Não consigo fugir desta prisão,

que rouba me o horizonte da minha visão.

Que mata aos poucos meu coração,

deixando no chão os pedaços do que fui.

Como desvencilhar me dessa grade, que prende

minh’alma impedindo me de lutar?

De ganhar asas, conquistar novamente a liberdade.

Que tenho que fazer pra libertar me desta angústia,

que tira me o ar?

Que ateia fogo em meus sonhos, tornando os labaredas.

Que por onde passam, vão deixando um rastro de solidão?

Sou prisioneira de mim mesma!

Sou um fantasma que arrasta minhas próprias correntes.

Na solidão e no vazio na minha cela interior...

SP/03/2008*

SP/03/2008*