DISFARCE
Um amor que fere de morte,
Que mata de dor lancinante.
Um amor das trapaças da sorte,
Que arde em fogo incessante.
Um amor que dilacera a alma,
Que rompe as raias da razão.
Um amor que o mar não acalma,
Que se move como furacão.
Um amor entregue à loucura,
Que habita os sepulcros da vida.
Um amor que perdeu a ternura,
Que partiu sem despedida.
Um amor que se perdeu no invisível,
Que tira a razão de viver.
Um amor que se tornou desprezível,
Que o ódio fez adoecer.