A vida: mercado da ilusão

No princípio era a euforia

De quem nem sabia o que fazer

Diante de tanta alegria

De tanto bem parecer

Retidão era a palavra guia

Honestidade, acima de tudo

Para quem não cria em nada

Tudo era conto de fada

Cada toque, um estremecer

Cada beijo a enternecer

Tudo a se comemorar e sonhar

Que o que chegou veio para ficar

Quanta festa ao se encontrar

Quantas palavras , carinhos sinceros (?)

A pele arrepiando de prazer

Com o deslize de mão a desvanecer

Acordo! num breve minuto

Com lágrimas a escorrer

Será que já é hora do tributo

Que pagarei ao padecer?

Como explicar em vão tanta fé?

Como entender tanta alucinação?

É como a Vida assim é:

Um mercado da desilusão