O regime de todo mal
Eu que, nasci das quimeras perdidas de algum verme maldito
Absorvo toda essa incoerência mal dita.
Com o peso e o fardo de tudo, quanto pode ser dito
Sou a escória de um povo socialmente perdido.
Com muito, pouco. Quase nada – tudo, ainda envaidecido
De ter em minhas mãos, a morte de um ente querido.
O ódio silenciado à noite, não adianta o passo
Na escuridão que me cerca. A cerca, de um pobre passado.
Que nem pôde construir algo, nem com apreço
Tão pouco, ciência. Mas eu, só eu e não mais ninguém
Assisto a isso - me deliciando. E adormeço
Sonhando com palavras não ditas, em momento algum.
Sou a memória de alguém que jamais existiu
E de quem, ninguém nunca viu – na escuridão de um
Sem memória – sou feito de puro astro
Do qual, eu jamais pude ver, ou presenciar.
Muito menos, sentir. Ah, quem dera sentir...
O que ninguém nunca viu.