Morra-se (INGRATIDÃO)

Eis agora, meu agradecimento:

Agradeço pelos dias de ingratidão,

Pela faca, a qual o prumo foi afiado

Em meus estúpidos olhos.

Pela navalha a qual utilizaram

para rasgar-me e dar-me aos cães.

Pelas mãos que me levaram e me

arrastaram pelo chão.

Pelo dilúvio que se fez em

minhas roseiras.

Pelo tapa dado em minha face.

Pelo sorriso vil que se atreveu

a me apunhalar em segredo.

Por meu Epitáfio tão sagrado

ter sido desvirginado com sua

falsidade e ingratidão.

Morra-se de mim.

À cada um de vocês:

À medida que falam de mim,

Meu império crescerá,

Tuas estranhas lhes sairão

pela boca e lhes escaparão

pelas mãos dizendo toda a verdade.

E essas mesmas entranhas,

irão fazer todo o ódio apaixonar-se

por si mesmo.Morrendo depois, por este

amor odioso.

Cuidem das tuas proles de víboras,

pois o mesmo há de ocorrer com elas:

vomitarão o ódio junto ao ego.

Milla Filth
Enviado por Milla Filth em 29/05/2006
Reeditado em 29/05/2006
Código do texto: T165333