Ninguém vê

O medo me rouba quase tudo

E o que resta,vendo barato,

Troco por restos,sobras geladas...

Tentei erguer meus próprios muros

Com cimento tirado do passado;

Durou tão pouco - desabou sem dó.

Estou diferente,quase nada me dói tanto,

Permaneço escorregando e girando

No carrossel do tempo;

Estou recrudescendo rápido demais,

Como um câncer latente

Que ninguém vê...

Tenho um grande receio de me perder de vez;

Ainda que eu sinta que

Já não existe cura pra mim.

Meus olhos estão feridos e ofuscados

Tanto quanto minha percepção do amor,

Acreditei...juro que acreditei...

Confiei no "pra sempre",

Céus! Não posso evitar...

...Quanto me dói... mas ...

O fato é que : Eu não posso mais.

Clara Moll
Enviado por Clara Moll em 21/06/2009
Reeditado em 28/05/2013
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