Revolta.
Te cumprimento;
Fico de longe a te olhar
Esperando que me encare
A vontade louca de te olhar
Nos olhos
E fazer tudo em volta sumir
A dolorosa espera
De ter a medida de seus braços
Envolvendo os meus
No ritmo
De uma musica lenta
Qualquer
Saí...com o intuito
De te ver por mais tempo
Pra acalmar meu coração apertado
Mas me frustrei mais...
Seus olhos frios
Causando uma geada em meu interior
Era só isso...Pode ir!
E assim depenou dolorosamente
As asas da minha esperança
O cigarro não me ajudou
A bebida nao me levantou;
Meus falsos risos mascarados
Agachada no chão
Vendo sombras passarem
Vozes distantes
Pensando ...Apenas;
No porque das coisas
No que fazer
Desejei que eu não estivesse ali
Que tudo tivesse um rumo diferente
Que eu pudesse...Desaparecer!
Estar no mesmo lugar que você
Me asfixiava;
Algo dentro de mim apertava meu pescoço
Segurava as lagrimas
Com tanta força
Que minha cabeça doía
Respirava fraco
Como quem não quer ser notada
As vezes mais a frente, ou atrás
Aquela espera
De ouvir tua voz
Destinada a mim
Sentir teu perfume
Estonteante
Tão perto, me fazendo viajar
No caminho de volta
DifÍcil aceitar que nenhuma
Das minhas imaginações realizaram
Arranca a roupa
Se joga na cama
Socando o travesseiro
Vontade de gritar
Deixando as lágrimas; loucas
Saírem com toda força
Meu rosto molhado
Meu travesseiro, idem
Soluçava...
E chorando, adormeci...
E acordei...chorando
Agarrada no cobertor
Em posição fetal
Pedindo pro mundo
Me engolir
Esqueci da hora
Dos afazeres
E do almoço
Ignorei as vozes
Preocupadas
Que invadiam o quarto
Me deixa ficar aqui
Deitada
Sozinha
Fantasiando minha felicidade
Enquanto me lavo em gotas
Desesperançosas e revoltadas.