Sofrer é Viver!

Este é mais um dia infeliz como todos os outros. Apenas acentuado por uma dor aguda que lateja em minha alma. Uma dor real, quase palpável.

Uma dor só minha que corroi meu ego obrigando-me a rever-me.

Obriga-me!

Sinto um restinho de vida que se aparta de mim e meu eu mergulha no caos infinito. É minha própria morte.

Num surto de coragem dou adeus à fé que ainda proporciona uma certa esperança elucidativa que agora já nem existe mais em mim.

Estou partindo de mim, indo pra bem longe de mim.

A realidade moral e ética que insiste em me oprimir e deprimir parece ser tão justa quando me condena a viver só, afinal nada é perfeito, somente o irreal, o abstrato, o não palpável e inalcançável, somente Deus.

Meu deus que habita em mim está largado no chão de meu interior, debruçado sobre seu próprio corpo e ensopado por suas próprias lagrimas que jorram sem nenhum esforço. Quanta dor! Um uivo de dor...

O mundo que gira sem parar, e parece tão pequeno e mesquinho quando não para para ver meu momento espetacular de pura destruição pessoal.

Afinal tenho o direito de ser infeliz!

Estou me deixando agredir por um sentimento que, visto de fora por todos os outros que como você tornão-se expectadores de gente que sofre que nem eu parece ser tão puramente controlável.

Uma miséria universal parece corromper quem me vê. Espectadores pasmos tendem a não perceber minha dor.

Sofrer é viver!

Mas se afirmo estar morrendo por um sofrimento sem fim.

Estar sofrendo parece me fazer viver?

Não sofrer torna-me apenas sensível para sentir-te.

Você ainda esta vivo em mim com uma vida gramaticamente verbal.

Você ainda pulsa em mim com um força literalmente anormal.

Tua vida me faz coexistir com um mundo podre que só existe fora de mim e para ti.

Entender o mundo sou me faz perceber oi quanto sou frágil e preciso de ti que so existe fora de mim.