SILÊNCIO

Foste cúmplice

das minhas loucuras

mas não fizeste

parte dos impropérios

que existiam em mim.

Sonhavas os meus sonhos

e no entanto

não ancoravas

teus segredos

no meu profano

“porto solidão”.

Chamavas o meu nome

na imensidão da noite

porém não vinhas

ao encontro da ilusão.

Caminhavas pelas

veredas da minha alma

e não delimitavas

os contratempos

dos escombros do meu ser.

Rompias as amarras

dos meus vôos inquietos

mas não deixavas

que eu conjugasse contigo

os verbos proibidos

do prazer.

Diante

de tua busca/fuga

me calei...

val bomfim

Val Bomfim
Enviado por Val Bomfim em 17/10/2009
Código do texto: T1872306
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