INSÔNIA

Meia noite

perdida

entre lençóis frios,

a cama enorme

para a solidão de um corpo

desperto,

desiludido.

A escuridão silenciosa

do mundo adormecido

entra pelos poros,

agita o sangue,

massacra os nervos.

A névoa atinge a mente,

o cérebro não funciona,

a impertinência agita os membros,

corrói a alma.

O enígma aumenta,

as conjecturas são inúteis,

a solução se perde,

a notícia não vem.

Passam-se as horas,

termina a noite,

surge a madrugada.

E vem o dia

sonolento,

o corpo recém adormecido

já desperto.

A rotina sufocando,

o relógio comprovando,

outra noite virá

angustiada,

calada,

insone.

Giustina
Enviado por Giustina em 16/11/2009
Código do texto: T1925986
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