Palavras ao nada...
Palavras, decolam ao ar, no vazio da ilusão.
Tão vazio quanto o riacho seco do agreste, só...
Só as pedras às quais construí meu castelo, não,
não mais existem, rolaram ao encontro do nada...
Após uma tempestade impetuosa de lágrimas...
Me restou à esperança silenciosa da noite.
Eterna e sombria, a lua desfaz o jejum da
abstinência folclórica do nunca mais...
Vozes ecoam ao desdém, o corpo arde...
Queima em minha tourné transcendental...
És tu amada sovina do meu existir?
Não, és o cajado da minha desilusão...
Como?
Queres uma taça de vinho amor meu?
Sim! Cultuado, saborizado por tua essência...
Agóras meu ser, depreciando meu viver...
Prove-me, sinta-me em teus lábios...
Use-me em teus desejos...
Beije-me tonitruosa...
Encha-me com teu vazio...
Viva em teu próprio louvor...
És a razão, utópica mentira...
Par do ímpar, à abstenção,
a cedilha do c, o c da contra mão...
Mãos às quais desaproprias meu coração...
Linda magnânima verdade,
Aos teus pés entrego-me ao pavor...
Amor, refinado pela tua decadência...
Essência, que atordoador d’minha alma...
Súplicas acasalam-se em meu pesar...
Quão teu ser, ignorarás o final...
Amar-te-ei, mas... Nunca a terei...
Sonhos ilustrados pelo sonhar...
Vida póstuma ao viver...
Ah! Teu cheiro e saudades...
Decoram e perfumam meu corpo à decompor...
Esconder-se-a verdadeiramente.
Vibras ao penar , ao desfalecer....
Após a dobra, o universo singular,
omite-se ao teu clamor elouquente...
Resignado, banho-me em tuas lágrimas...
Lágrimas sombrias, no ataúde final...
O Bruxo
Carlos Sant’Anna
Palavras, decolam ao ar, no vazio da ilusão.
Tão vazio quanto o riacho seco do agreste, só...
Só as pedras às quais construí meu castelo, não,
não mais existem, rolaram ao encontro do nada...
Após uma tempestade impetuosa de lágrimas...
Me restou à esperança silenciosa da noite.
Eterna e sombria, a lua desfaz o jejum da
abstinência folclórica do nunca mais...
Vozes ecoam ao desdém, o corpo arde...
Queima em minha tourné transcendental...
És tu amada sovina do meu existir?
Não, és o cajado da minha desilusão...
Como?
Queres uma taça de vinho amor meu?
Sim! Cultuado, saborizado por tua essência...
Agóras meu ser, depreciando meu viver...
Prove-me, sinta-me em teus lábios...
Use-me em teus desejos...
Beije-me tonitruosa...
Encha-me com teu vazio...
Viva em teu próprio louvor...
És a razão, utópica mentira...
Par do ímpar, à abstenção,
a cedilha do c, o c da contra mão...
Mãos às quais desaproprias meu coração...
Linda magnânima verdade,
Aos teus pés entrego-me ao pavor...
Amor, refinado pela tua decadência...
Essência, que atordoador d’minha alma...
Súplicas acasalam-se em meu pesar...
Quão teu ser, ignorarás o final...
Amar-te-ei, mas... Nunca a terei...
Sonhos ilustrados pelo sonhar...
Vida póstuma ao viver...
Ah! Teu cheiro e saudades...
Decoram e perfumam meu corpo à decompor...
Esconder-se-a verdadeiramente.
Vibras ao penar , ao desfalecer....
Após a dobra, o universo singular,
omite-se ao teu clamor elouquente...
Resignado, banho-me em tuas lágrimas...
Lágrimas sombrias, no ataúde final...
O Bruxo
Carlos Sant’Anna