HISTÓRIA DE UMA VIDA

HISTÓRIA DE UMA VIDA

Nasci noutra terra.

Eu moro na serra,

pois Deus assim quis.

Sou filho de bravos,

herdeiro de escravos,

meu sangue assim diz.

Senhores de engenho,

uns índios ferrenhos,

(mistura de raças).

Teimoso e gentil,

adoro o Brasil,

detesto pirraças.

Nasci entre as flores,

senti seus odores,

quando respirei.

Plena primavera,

o mundo então era

de encantos, pensei.

Sou rico em ser pobre.

Dinheiro não cobre

a minha moral.

Humilde e sereno,

meu estro pequeno,

será imortal.

Errei? Por favor,

perdão, meu senhor!

Do berço, executo

a grande lição.

A voz da razão

tranquilo eu escuto.

Agora, cansado

da vida, alquebrado,

que resta? Partir,

deixando a memória,

quiçá minha história,

meu triste carpir.

É, amigo Jacó, sempre ficam os nossos rastros, resta saber se alguém vai seguí-los ou deixar que o vento os apaguem. Obrigado pelo carinho de sua interação.

Não fosse a minha poesia,

Eu não deixaria herança...

Mas parto com confiança,

Vivo em verso, cadaa dia...

JACÓ FILHO

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 13/02/2010
Reeditado em 15/02/2010
Código do texto: T2086000
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.