JÁ SE PÔS O SOL

Não sei meu Deus!?

Por quanto tempo ainda

Posso assim olhar os Céus.

Avançar por entre a recordação

Tempo este de mistério, que tráz a vinda

Dum tempo de escuridão.

O Sol vai próximo do horizonte

Quem sabe, voltarei a olhá-lo?

Já o perdi para trás do monte

Talvez amanhã volte a encontrá-lo.

Neste pensar, fico junto à janela

Declinou o dia!

Olho a Vida e pensando nela;

Já chega a noite sombria.

Há folhas mortas p'lo chão espalhadas

E não há lembranças que não doam!?

Quantas ainda as alvoradas?

Já as nuvens se amontoam.

Solitária me deixo à espera

Está escuro na minha ansiedade

Já a razão se desespera

E é vago meu sonho, vivo de saudade.

Vejo ainda folhas secas p'lo chão

E apressado bate meu coração.

Trago na memória outro rosto

Me surpreende ainda a semelhança

Espanto meu, ingénua criança!

Já se pôs o sol, é sol posto.

natalia nuno

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