Engodo Cruel

No anfiteatro do mundo,

O homem é personagem de cordel,

Cada qual desempenha o seu papel

Numa peça fantasmagórica de teor imundo.

O enredo é o ritmo cotidiano

Em que o homem é o compositor,

Insere-se igualmente como ator

De um viver insalubre e profano.

O público aplaude entusiasticamente

O que julga ser sincero e fiel,

Mas que é pintado pela mão num pincel...

Ao final desvenda melancolicamente

Que foi ludibriado em sua arte

Para que uma elite o rosto estampasse!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 26/04/2010
Código do texto: T2221735
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