VENTO NA JANELA
Um grito
Sem gesto
Vara a noite
O infinito
E se perde
Sem protesto
No labirinto
Deste ferido coração.
O vento bate na janela
E a lua de sentinela
Espreita além do portão.
Por entre as sombras do pátio
Um gato espicha preguiça
Uma rosa perfuma, viça
Sozinha na escuridão.