NOSTALGIA FRIA

Ah, entre meus inúmeros ais...
Abissalmente eu me pergunto amiúde...
Quanto tempo faz que não te vejo?
Sem resposta eu me calo em silêncio
Perante tua ausencia estou inerte
Pois não conto mais o tempo
Nao tenho mais argumentos
Nada mais em relação a vida tento
Apenas sei, e de fato não queria saber
Mas bem sei, sei que não te esqueço
E que ainda te sinto tão latente
De forma emergente aqui dentro
Junto com esse ferrenho e notório desejo.

Ah, que saudade profundamente gigante
Do tempo que éramos amantes
Nesse atroz átimo és meu incólume claustro
Então em estática contemplação
Tomado por inocência de criança
Sou tragado pelas lembranças
Desse sorriso mais que lindo indo
Desses olhos brilhantes e tão distantes
Dessa aura carismática que me mata
Do teu corpóreo calor sem ao qual estou
De contigo estar por longas horas
Do calar por precisar muito beijar
Da seiva em sabor, pois sequioso estou
Do néctar do fazer amor em furor
Quando partistes, fiquei triste
Ao léu, sem chão, sem céu
Sem meu mel a granel
Carente, imensamente
Por falta de teus carinhos
Do teu jeitinho me seguindo
Da época que eu era teu menino
Das tuas brincadeiras todas
Das bobas as mais doidas
Do flerte sem trégua a léguas
Da paquera gostosa por meio de rosas
Numa profusão de todas cores
Vermelhas e amarelas
Sempre singelas...
Da troca de olhar
Que parecia querer nos enternizar
De poder te amar pela manhã
Nesse simples e delicioso sonho
E agora tudo o que restou...
Marcas do que marcou
Em ebulição ao vapor da dor.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 08/09/2010
Código do texto: T2486515
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