SINAIS

Depois de tanta espera,

saí a procura da causa

dos meus desencontros.

Desbravei dentro de mim,

estradas de silêncio,

desconhecidas e feridas.

Caminhei sem olhar os pés,

em linha reta, sem pressa.

Avistei um verde lodo,

piscando inocente,

dizendo siga, dizendo sim.

Segui atalhos, em forma de galhos,

gastos pela espera e o tempo.

Atravessei montanhas ondas,

escorregadias e sinuosas.

Rompi barreira de folhas secas,

desidratadas e prisioneiras

arquitetadas pelo vento.

Avistei uma luz vermelha

dizendo pare! Dizendo não!

Olhei exausta para os meus pés...

...e mais uma vez,

Obedeci as ordens

dos meus limites.

Luz Miranda
Enviado por Luz Miranda em 23/09/2010
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