BARCO

O gelo que queima minh’alma,

São brasas que a congelam.

Pensamentos nos olhos afloram,

Mas a fúria do mar o acalma.

Barco a vela a navegar,

Em muitas ilhas pôde ancorar.

Solidão é bussola sempre a mostrar,

Que o importante é o simples amar.

Mas, o coração pobre veleiro,

Mal sabia velejar,

E se perdeu neste aguaceiro,

Levado pelas ondas do mar.

Neste deserto petrificado,

Onde o oceano é congelado,

Vento de alva poeira carregado,

O transporta para o dia ensolarado.

Mesmo não estando acabado,

O começado foi terminado.

Mais um barco ancorado,

Nas ruínas do seu legado.

Susely
Enviado por Susely em 14/10/2010
Código do texto: T2555768
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