SE CHAMAVA JOÃO
A solidão me consome
A vida aos poucos se apaga
Nojento verme me come
Meu coração é uma chaga
Minha alma se esfumaça
Levada pelo vento do norte
A vida é brisa que passa
E quando vai fica a morte
Meu ser já enfraquecido
Nem tem força para lutar
Nesta luta eu sou vencido
E ninguém pr’a me ajudar
E o que restou Deus meu
Desta cruel vida de solidão
Um português que morreu
E que se chamava João