O POETA SE DESPEDE

Na mente do poeta

As palavras se embaralham.

As frases, as orações,

Os versos distorcidos se iluminam.

Esse poeta que caído se encontra,

Já não tem esperanças.

As ilusões perdidas, o faz,

De no seu futuro, não acreditar...

Sofrer todos os dias.

Buscar na solidão dos pensamentos.

Isolar-se na quietude de quatro paredes.

Trazer do subconciênte, particularidades escondidas.

Tudo isso, é a vida desse poeta!

Poeta, que a montanha do saber escalou

Procurando a essência de seu ser.

Tentando com palavras; talvez,

Frustrações apagar...

Só sei que esse poeta se cansou.

Suas palavras, já não tem sentido.

Com o corpo cansado e a alma

Desse palco que é a vida, ele se retira.

Talvez se exile em uma ilha deserta.

Talvez se exile em meio ao oceano.

Talvez se exile em meio ao deserto.

Talvez se exile em meio aos livros...

Ou talvez, se exile em si mesmo.

Observando as recordações

De momentos vividos e por ele

Não desfrutados.

Essas linhas são as despedidas

Desse solitário poeta!...

(PEREZ SEREZEIRO)

José Roberto P. Monteiro – SCSul – SP serezeiro@hotmail.com serezeiro@yahoo.com.br

Perez Serezeiro
Enviado por Perez Serezeiro em 14/01/2011
Código do texto: T2729700